quinta-feira, 21 de agosto de 2014

MÚSICA

música para olhos e boca
balança a alma e o coração

requebra a moça bonita
equilibra os bêbados
faz dançar os engravatados

poesia ritmizada
cuíca, viola, tamborim
traição, morte, paixão...

música para passos calmos e gritos alarmantes
a lembrança de um sorriso e a falta do abraço

a cantada ao pé do ouvido inspirada em Tom
o choro derramado ao som de Chico
a alegria nos pés ao som dos meninos da Garoa

música das esquinas, avenidas, butiquins
composta por poucos, ouvida por muitos
uma trilha sonora sem fim
 
06/08/2014

sábado, 28 de junho de 2014

Unidos

Em prol de um só ideal
Coniventes com a luta
Unidos por canções

Buarque, Gonzinha e Gil
Baianos, Pernambucanos
Brasileiros, Mutantes

Juntos por um espaço igualitário
Reféns de uma só canção
Que - AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA

Em prol do direito a vida, a voz e até a morte
Que o protagonismo não seja GLOBAL - no sentindo mais inho - MARINHO, BONINHO
Que o direito não seja mero COADJUVANTE

Coniventes com o movimento
Onde o grito extrapole as  vidraças do palácio
 Onde o novo dia seja de Chico, Maria e também de José

Juntos pela DEMOCRACIA
E que acima de tudo - a ética se conserve
                                  a liberdade se estabeleça
                                  a igualdade seja PLENA

Companheiros,
Quem são vocês?


26-06-2014

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O artista e sua arte

Uma luta constante entre aparência e realidade
Uma busca em apreender o que há entre o artista e a sua obra

O que de belo e útil existe nesse nosso universo enquadrado?
Arte, um sinônimo de liberdade?

Na constante luta em romper com a imediaticidade
Um senso comum que aprisiona as telas de um artista e ritmiza o seu caminhar

A arte está aliada ao sistema ou será que o sistema está alienando o artista?
Cores e traços simétricos se perdem em meio a alegorias

Uma necessidade em sujar as mãos
Um martelo de Maiakovski pronto para forjar o mundo

Monalisa, Las dos Fridas ou até mesmo Guerra e Paz
Quadros enquadrados, pendurados por dúvidas
Uma assinatura que inaugura o começar de uma vida e não o termino de uma simples pintura.




domingo, 26 de maio de 2013

Amor

Uma única palavra. Composta por 4 letras.

A mais complicada de ser explicada.
Ela se infiltra dentro dos nossos corpos. 
Muda, bagunça e as vezes, se tivermos sorte concerta nossa mente e nosso corpo.  

Amor. 
A delicadeza de um sorriso e a segurança de um abraço.
O cheiro encantador e o encontro dos lábios.

Durante tempos tentamos decifrar o verdadeiro sentido do encontro de corpos, do jogo de sedução.
Rodamos, rodamos. Vivemos amores e paixões e sempre paramos no mesmo lugar.

Um sentimento que deixa os olhos brilhando e os pelos do nosso corpo se arrepiam a cada tocar das mãos.
Alguns tentam levar de forma fria. Sem levantar suspeitas. Com o medo de se entregar nesse jogo de ciumes, saudade e felicidade. Outros esbanjam e gritam ao mundo a alegria de viver um grande amor. 

O que nos resta? Como você define esse sentimento? 
É melhor vivermos em um cubo e não se entregar? 
Decepções rodeiam este universo mágico. Surpresas fazem parte do dia a dia. 

Não podemos negar, mas também não podemos nos iludir.
Um pouco de romantismo, um pouco de loucura e amor a si próprio. 
São canções, poemas, teatro e até mesmo novela declamam sobre ela. 

Amor.
Uma palavra que enfeitiça homens, meninas, mulheres e meninos. 
É preciso saber lidar, é preciso querer lidar....

No fim todo mundo é romântico, todo mundo quer ser amado, todo mundo quer amar e se entregar a alguém. 
Só é preciso parar com os joguinhos e amar loucamente a si próprio.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Jequitinhonha -MG

Em meio a charretes, buzinar dos automóveis e assobiar dos pássaros
passos lentos...conversas batidas daquelas que se acomodam na janela e contam seus contos até a lua chegar
reparo no jeito de conversar e abraçar
não sei se o calor humano é fruto desse sol de arrepiar
uma mistura de poesia e biografia
jequi: tão hospitaleira, tão festeira, tão cachaceira
palavras que fogem do senso comum
o corpo suado onde um banho de rio que chega a arrepiar
Ah Jequitinhonha!
É como dizem por ai, poucos conhecem e muitos falam sobre ti
Falam num linguajar vulgar, em que a fome e a pobreza tem destaque principal
Suas riquezas? Ah, onde estão elas
Assim é tratada, julgada ...
Ah Jequitinhonha! Quem te conhece, não esqueces jamais!
Em meio a charretes, buzinas dos automóveis e assobiar dos pássaros
Pessoas e até uma árvore ganhou destaque nessa poesia sobre ti
Sem mais a falar, são quase quatro horas da tarde e o sol ainda se põe a incendiar  
as ruas e avenidas deste lugar.

sábado, 8 de dezembro de 2012

- berros

O grito constante percorre o corredor da minha casa
Seu eco transforma os pensamentos em palavras concretas que caminham pela casa

A quebra do vidro do meu quarto é resultado de um transtorno de corpo, alma e coração
O quarto alagado faz meus sonhos boiarem e percorrem um caminho sem fim

Onde está a saída?
Meus berros te assustam?

Venha me salvar .
                        .
                         . mas cuidado para não se afogar em meio a sangue, sonhos, lágrimas. 
                                                                                                        

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

16:00

É uma tarde nublada
A dança das flores e das árvores

É uma ventania
Pelas ruas, passarinhos a caminhar
A chuva a cair e as lágrimas a derramar

É uma tarde nublada
O corpo precisa de um abrigo que o vento soube levar

São quatro horas e o sino se põe a tocar
É uma tarde nublada
É uma ventania danada.